sábado, 16 de novembro de 2019

Deu 'ET' contra Jesus no superclássico

Messi, que Tite sempre chama de 'extraterrestre', marca, Gabriel perde pênalti e Argentina venceu

Ahmed Yosri/Reuters
Cena rara - Argentina, de Messi, ganha taça no Superclássico disputado com o Brasil: triunfo
No amistoso que marcou o retorno de Lionel Messi à seleção argentina após três meses de suspensão, o astro do Barcelona fez o gol que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Brasil, nesta sexta-feira, em Riad, na Arábia Saudita, onde a equipe comandada por Tite ampliou para cinco partidas o seu jejum de vitórias após a conquista do título da Copa América.
Gabriel Jesus, com uma atuação apagada, foi destaque negativo ao desperdiçar uma penalidade, pouco antes de Messi balançar as redes, depois de também cobrar um pênalti.
Para a seleção brasileira, além da derrota, ficou mais uma vez uma má impressão deixada por uma equipe que exibiu um futebol ruim.
ASSIM FOI
No confronto realizado no Estádio Universitário Rei Saud, o Brasil teve uma ótima chance de abrir o placar logo após chegar ao ataque pela primeira vez, aos 8 minutos. Firmino conseguiu roubar uma bola de Foyth quando o lateral-direito tentava sair jogando, invadiu a grande área pelo lado esquerdo e deu passe pata Gabriel Jesus, que driblou para o meio e, na hora de finalizar, foi derrubado por Paredes. O árbitro neozelandês Matthew Conger assinalou o pênalti e o mesmo Jesus foi para a cobrança, aos 9, mas bateu rasteiro para fora à esquerda do goleiro Andrada. E o castigo pelo erro veio pouco depois, quando Messi entrou na grande área brasileira pelo lado direito e foi derrubado, aos 12 minutos.
Logo em seguida, aos 13, o astro foi para a batida e tentou acertar o canto direito de Alisson, que fez a defesa, mas deu rebote para o mesmo atacante balançar as redes.
Tite resolveu apostar em um meio-campo que tinha Lucas Paquetá escalado como camisa 10 e principal referência para armação de jogadas, mas o jovem jogador do Milan amargou uma atuação sem brilho no primeiro tempo. Depois, aos 34 minutos, Paquetá chegou acionar Danilo em um jogada que o lateral não foi feliz ao finalizar por cima do gol de Andrada. E do outro lado, o camisa 10 argentino seguia dando trabalho aos brasileiros na marcação.
Tite resolveu levar a seleção a campo para a etapa final com Philippe Coutinho no lugar de Paquetá. Mas o cenário continuou igual, com a equipe comandada por Lionel Scaloni mais bem postada taticamente e agora criando muito mais chances ofensivas.
E Tite optou por uma substituição burocrática ao trocar Arthur, do Barcelona, por Fabinho, do Liverpool, um volante com características mais defensivas. O treinador também sacou um pouco mais tarde Alex Sandro e promoveu a entrada de Renan Lodi na lateral esquerda.
O Brasil não produzia nada de mais efetivo e, já de forma um pouco tardia, aos 25, Tite resolveu colocar Rodrygo em campo no lugar de Willian. O jovem do Real Madrid fez, assim, a sua estreia pela seleção brasileira principal. E junto com ex-jogador do Santos entrou na equipe Richarlison como substituto do apagado Gabriel Jesus. Entretanto, a Argentina continuou muito mais perto de fazer o segundo gol do que o Brasil de marcar o primeiro. Tite, que costuma chamar Messi de "extraterrestre", ainda apostou uma última ficha no fim ao mandar a campo o atacante Wesley, outro estreante do dia pela seleção, no lugar de Casemiro. Nada mudou.
 
 

Sob pressão

 A tranquilidade que Tite resgatou como técnico da seleção brasileira ao conquistar o título da Copa América já se tornou uma realidade distante. Após acumular o quinto jogo de jejum, amargado com uma derrota por 1 a 0 para a Argentina, nesta sexta-feira, em Riad, na Arábia Saudita, o treinador admitiu que está sob pressão no cargo que ocupa e reconheceu a necessidade urgente de conquista de uma vitória.
Ao ser questionado em entrevista coletiva sobre a sua situação atual, o comandante afirmou que a própria natureza do seu posto o faz ser cobrado e a ficar pressionado a obter bons resultados. "Primeiro é saber que essa pressão é inevitável, pela grandeza do cargo e da seleção, é inevitável para o técnico e para os atletas da mesma forma".

JCNET

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