sábado, 19 de outubro de 2019

Sasha celebra momento após "paciência" para entrar no time

Ele é artilheiro do Santos no Brasileirão, com 10 gols na competição


Maurício de Souza/AE
Sasha já anotou dez gols no Nacional e é o artilheiro santista na competição
Artilheiro do Santos no Campeonato Brasileiro, Eduardo Sasha passou a contabilizar dez gols na competição ao balançar as redes na vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, na noite da última quinta-feira (17), na Vila Belmiro, que manteve a esperança do clube de seguir sonhando com a almejada conquista do título nacional.
Nesta sexta (18), o atacante celebrou a boa fase que atravessa no clube, assim como lembrou que precisou ter "paciência" e trabalhar muito para convencer o técnico Jorge Sampaoli de que merecia entrar no time titular comandado pelo argentino, que chegou a deixar o jogador fora dos seus planos no primeiro semestre deste ano.
"Feliz pelo momento e pelo ano que estou fazendo, estou muito feliz por isso. E estou colhendo o que eu plantei lá no início do ano, que foi trabalho, paciência e também sabedoria, pois tive de saber a hora de esperar uma oportunidade", afirmou o atleta, cujas experiências acumuladas por vários anos com a camisa do Internacional, clube que o formou como jogador, também colaboraram para que ele tivesse perseverança com a camisa alvinegra.
"Em anos que se passaram eu tive momentos de alta e baixa, coisas que o futebol proporciona. E eu soube sair de outros momentos difíceis e, sabendo como é o futebol, eu tive paciência e sabia que uma hora as coisas iriam acontecer, por já ter passado por isso também. Então eu tive paciência e continuei trabalhando na minha, quieto, mesmo sabendo que naquele momento (no início deste ano) eu não iria jogar. Mas eu estava pensando mais lá na frente porque eu sabia que a oportunidade iria aparecer e eu seria útil", destacou Sasha.
Já ao ser questionado sobre como conseguiu ganhar a confiança de Sampaoli e se firmar na equipe santista, o atacante ressaltou: "Fui o conquistando aos poucos nos treinamentos, eu prestava atenção na forma como ele gostava que os jogadores se portassem dentro de campo. Isso me fez perceber e talvez mudar um pouco o meu jeito de jogar e me adaptar o mais rápido possível. E assim ele pôde me enxergar e ver ali que eu vinha em uma crescente para daqui a pouco me dar uma oportunidade. E foi isso o que aconteceu".
Com o triunfo sobre o Ceará, o Santos voltou a reduzir para dez pontos a larga vantagem do líder Flamengo no Brasileirão e também ficou novamente a dois de distância do Palmeiras, segundo colocado. E Sasha disse nesta sexta-feira que, independentemente do que a equipe alvinegra conquistar até fim do torneio, que o desempenho do time precisa ser reconhecido. Com 51 pontos, o time santista já superou a pontuação que somou ao longo de toda a sua campanha na edição de 2018 da competição, na qual terminou apenas em décimo lugar, com 50.
 

Volante do Ceará pede ajuda para achar autor de injúria racial na Vila

Vítima de injúria racial e de xenofobia, de acordo com relato de Thiago Galhardo, ao fim do duelo entre Santos e Ceará, quinta-feira (17), na Vila Belmiro, o volante Fabinho se pronunciou sobre os incidentes. O jogador disse esperar que o responsável pelos atos seja identificado pelas autoridades, recebendo uma punição pelo seu comportamento. E pediu para os torcedores santistas ajudarem na procura.
"Espero que os órgãos responsáveis por esse tipo de atitude encontre esse cara e que ele arque com as consequências dos seus atos. Espero que o próprio torcedor santista ajude a identificar esse cara que com sua atitude não representou a torcida e o clube Santos FC onde seus maiores ídolos são negros", escreveu Fabinho em texto publicado no seu perfil no Instagram.
Fabinho destacou estar acostumado a ser alvo de provocações de torcedores rivais quando atua como visitante, algo que considera normal e corriqueiro. Mas destacou ser inaceitável a injúria racial que ouviu na última quinta-feira na Vila Belmiro.
"Estou no futebol profissional há 14 anos, e já vivi diferentes circunstâncias que fazem parte do futebol. Todas as vezes que um time joga fora de casa é normal os torcedores dos times rivais nos provocarem, tentar nos intimidar, tirar nosso foco. Tudo isso é normal, embora alguns ainda passem do ponto. Mas ser xingado de 'negão vagabundo. enfia o dedo no c... desse negão' ,isso não é normal. Eu sou chamado de negão por amigos, mas com uma intenção totalmente diferente desse cara que se diz torcedor", acrescentou.
Fabinho, assim como Thiago Galhardo havia relatado em entrevista na quinta-feira, também revelou que os jogadores do Ceará foram alvo de insultos xenofóbicos, contra nordestinos, na Vila Belmiro.
Também nesta sexta-feira, o Santos revelou que o presidente José Carlos Peres esteve em contato com Fabinho e também com Robinson de Castro, o presidente do Ceará, para repudiar o que classificou de "lamentável episódio". Além disso, o clube abriu uma sindicância interna para apurar os fatos.

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