domingo, 25 de janeiro de 2015


No sábado consegui bater um papo com Dedé, que já conhecia por suas façanhas, mas queria ouvir dele tudo. Muito simpático me falou de sua história do amor pelo futebol e também pelo Oriente Petrolero/BOL, entre uma orientação e outra ao seu time de Master. Foi bom conhecer Dedé e você cara leitor  vai conhecer também.

Com gol relâmpago contra o Santos de Pelé, epitaciano é ídolo na Bolívia

No país vizinho, Dedé se dedicou ao esporte durante 20 anos. De volta à terra natal, o centroavante aposentado não consegue ficar longe dos gramados.

Flávio Veras
  • Segundo Dedé, o maior orgulho da sua carreira foi ter enfrentado o Santos de Pelé, em um amistoso, em que o epitaciano abriu o placar da partida aos 35 segundo do primeiro tempo (Foto: Arquivo Pessoal)
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  • Apesar de aposentado, o futebol não saiu da sua vida. Ele organiza todos os anos dois campeonatos da categoria master na cidade e na região (Foto: Arquivo Pessoal/Cedida)
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  • Apesar de aposentado, o futebol não saiu da sua vida. Ele organiza todos os anos dois campeonatos da categoria master na cidade e na região (Foto: Arquivo Pessoal/Cedida)
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  • Apesar de aposentado, o futebol não saiu da sua vida. Ele organiza todos os anos dois campeonatos da categoria master na cidade e na região (Foto: Arquivo Pessoal/Cedida)
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  • Apesar de aposentado, o futebol não saiu da sua vida. Ele organiza todos os anos dois campeonatos da categoria master na cidade e na região (Foto: Arquivo Pessoal/Cedida)
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  • Apesar de aposentado, o futebol não saiu da sua vida. Ele organiza todos os anos dois campeonatos da categoria master na cidade e na região (Foto: Arquivo Pessoal/Cedida)
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Na região de Presidente Prudente, mais precisamente na Estância Turística de Presidente Epitácio, existe um homem que é ídolo no futebol. Na verdade, no Brasil ele é pouco conhecido, porém, na Bolívia, José Carmo Soares, de 67 anos, o Dedé, foi multi-campeão. No país vizinho, o centroavante viveu durante 20 anos.
O gosto pelo esporte começou na infância, Dedé, até então garoto, só pensava em futebol. Mas a necessidade de ter uma profissão o fez ir até o Rio de Janeiro estudar e voltar para a região como ajustador mecânico na Marinha do Brasil.
Mas a carreira não foi muito longe. Dedé comentou que, quando voltou para a cidade natal, foi trabalhar na empresa Bacia do Prata, no Porto Tibiriçá. No entanto, no local ele ficou pouco tempo e foi transferido para Corumbá (MS).  A cidade faz divisa com a Bolívia e, jogando pelo time da empresa onde trabalhava, foi quando surgiu a primeira oportunidade no esporte bretão.
“Minha carreira no futebol começou, em 1969, após um jogo em que alguns olheiros do Oriente Petroleiro, de Santa Cruz de La Sierra, me viram jogando e gostaram do meu futebol. Posteriormente, fui convidado para jogar nesse time. O resultado foi que não pensei duas vezes: arrumei minhas coisas e parti para a Bolívia para realizar meu sonho”, relatou.
Ainda de acordo com Dedé, a vontade de jogar futebol era tanta que ele não cegou a fazer o acerto com a empresa onde trabalhava. “Fui embora sem ao menos pedir demissão na firma”, comentou o fato, sorrindo.
Matateu, jugador de La Bélgica, junto a dos grandes delanteros orientistas de principios de los setenta, Dedé y Toninho
1970

No time ele permaneceu por dez anos, onde conquistou diversos títulos estaduais e nacionais. Apesar de todas as conquistas, o que para ele marcou sua carreira foi um amistoso que seu clube fez contra o Santos, de Pelé, em 1971. O primeiro gol foi marcado por ele, aos 35 segundos do primeiro tempo.
Oriente Petrolero Campeón Nacional 1971
“Sinto-me lisonjeado só de ter a oportunidade de enfrentar o Pelé, e ter marcado o gol contra esse time foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Perdemos o jogo de 4 a 3, mas não tenho nenhum problema com o resultado. Eu mesmo, na metade da partida, parei de jogar só pra ver o Rei jogando. Era um espetáculo, minha vontade era de aplaudi-lo”, relatou.
Além do Oriente, o atleta chegou a jogar por outros times na Bolívia: o Thomaz Bata e o Petroleiro, ambos de Cochabamba.
Dedé jogou durante 15 anos. Quando se aposentou, não conseguiu ficar afastado do futebol e, por isso, chegou a comandar como técnico os dois últimos clubes onde atuou.
No entanto, em 1995, após 20 anos morando fora, a vontade de voltar para a cidade natal falou mais alto. Sem se afastar do esporte, ele comandou por dois anos um projeto social para crianças e adolescentes. De acordo com ele, a intenção não era transformar os garotos em jogadores e sim tirá-los da criminalidade.
“A ideia pode até ser comum e frases que a explicam são batidas. Porém, o futebol, ou qualquer outro esporte, ajuda, e muito, a tirar as crianças das drogas e da violência. É uma pena que meu projeto durou apenas dois anos, mas tinha certeza de que se ele tivesse permanecido teria funcionado nesse intuito”, esclareceu.
Após o término desse trabalho, Dedé prestou um concurso para trabalhar na Prefeitura de Epitácio e passou. Após ser convocado, ele atuou na Secretaria Municipal de Esportes. Na autarquia, durante dez anos, dirigiu o campeonato amador da cidade.
Após sair da secretaria, o ex-jogador foi transferido para o Terminal Rodoviário da cidade, onde atua até hoje como diretor. Apesar de estar fora da Secretaria de Esportes, o futebol não sai da sua vida. Ele organiza todos os anos dois campeonatos da categoria master na cidade e na região.
“Gosto de jogar futebol e estar inserido nesse contexto. Ex-boleiro, já viu, né... Sente falta do cheiro do gramado ou apenas do simples movimento de calçar suas chuteiras. Esse tipo de coisa é muito difícil de ficar longe”, explicou.

Os dez jogadores mais importantes de Oriente Petrolero/BOL da história.
LOS DIEZ ELEGIDOS
1Celio Alves
2Erwin “Chichi” Romero
3Víctor H. Antelo
4Marciano Saldías
5Roberto Brunetto
6José Alfredo Castillo
7Ladislao Jimenez
8Dedé
9Wilson Avila
10Toninho

fonte:http://afronteira.info

complemento da matéria :Edmilson Gomes

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