segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Guarani perde Neneca, seu campeão número 1


Aos 67 anos, o ex-goleiro morreu, na madrugada deste domingo, em Londrina, de câncer na medula



Um dos maiores goleiros da história do Guarani e protagonista do título do Campeonato Brasileiro de 1978, Neneca morreu na madrugada deste domingo (25), aos 67 anos, em Londrina (PR), sua cidade natal. O ex-goleiro lutava contra um câncer na medula e estava internado no Hospital do Câncer de Londrina. Neneca foi velado durante todo o dia de domingo na cidade paranaense e será sepultado nesta segunda-feira (26), às 10h, no Cemitério Padre Anchieta, em Londrina. Ele é o segundo titular da equipe que fez história no Guarani a falecer. O ex-lateral-direito Mauro foi morto a tiros em 2004, quando estava em um bar em Nova Odessa.
 
Hélio Miguel, o Neneca, começou a carreira pela Portuguesa Londrinense e se profissionalizou pelo extinto Paraná Esporte Clube, de Londrina. Defendeu América (MG) e Náutico até chegar ao Guarani em 1976, para viver a melhor fase de sua carreira e brilhar com a camisa 1 do Bugre. A estreia foi no empate com a Ferroviária por 1 a 1, pelo Campeonato Paulista. Em 1978, Neneca foi um dos pilares do time campeão brasileiro e líder do elenco, que contava em sua maioria com jovens jogadores.
 
De seus pés que saiu o lançamento para o gol de Careca na vitória sobre o Palmeiras, por 1 a 0, no dia 13 de agosto. No ano seguinte disputou, a Libertadores da América pelo Guarani, alcançando as semifinais. Neneca se despediu do Bugre em 1980, e depois defendeu Operário (MT), Londrina, Bragantino, Fluminense (BA) e Votuporanguense, até retornar ao Londrina para encerrar a carreira em 1986. Após pendurar as luvas, Neneca trabalhou como preparador de goleiros, inclusive nas categorias de base do Bugre.
 
O presidente do Guarani, Horley Senna, não foi localizado pela reportagem neste domingo. Em seu site oficial, o clube lamentou a perda do ídolo e relembrou a importância de Neneca na maior conquista da história bugrina. "O Guarani Futebol Clube vem manifestar seu mais profundo pesar pelo passamento neste domingo de um dos maiores ídolos da história bugrina, o ex-goleiro Neneca (...) Jamais será esquecido por seu jeito simples e humilde de ser, seja dentro ou fora de campo", diz a nota.
 
O historiador do Guarani, Fernando Pereira da Silva, lembrou a chegada de Neneca e enalteceu o caráter do ex-goleiro. "Ele chegou no Paulista de 76, depois de bater pelo Náutico o recorde de tempo sem sofrer gols. Era um cara muito simples. Além de ser muito bom, caiu nas graças da torcida pela simpatia", contou.


 
Autor do gol do título de 78, o ex-centroavante Careca lamentou a morte do ex-goleiro, considerado por ele um amigo e conselheiro. "Além de amigo, era um grande profissional e junto com o Zé Carlos nos ajudou bastante com a sua experiência. Nas concentrações, sempre procurava dar conselhos e ajudava muito a molecada. Dizia que para ter sucesso era preciso muita determinação. Nos treinos, era o primeiro a chegar e o último a sair", relembrou Careca.


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