quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Copa São Paulo começa hoje sua 50ª edição

Divulgação
Pacaembu recebe final no dia 25, quando será entregue o troféu ao time campeão da Copinha
Tradicional vitrine de talentos do futebol brasileiro, a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2019, que começa hoje, será a mais vista da história. Em sua 50ª edição, o torneio terá recorde de transmissões via TV (aberta e fechada) e streaming. Dos 255 jogos, 236 têm previsão de cobertura, ou seja, mais de 92% da competição estará disponível em alguma plataforma - um aumento de 10% em relação a 2018.
Neste ano, a competição será disputada por 128 times e mais de três mil jogadores, divididos em 32 grupos e espalhados por 30 cidades-sede. Todos os estados brasileiros estão representados por alguma camisa. Apenas os dois primeiros de cada grupo avançam para a fase seguinte, que será composta por rodadas mata-matas.
A primeira fase começa com o duelo entre Paulista e Red Bull Brasil hoje, a partir das 17h15, no Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí. Maior ganhador da história, com dez taças, o Corinthians estreia contra o Ricanato (TO), no Novelli Júnior, em Itu, às 21h30.
"Sei do peso da competição, da importância que tem no calendário do futebol brasileiro. É um período no qual o profissional está em recesso, então existe uma visibilidade muito grande", disse o técnico Eduardo Barroca.
Amanhã, 52 jogos darão seguimento à rodada inicial. Favoritos ao título pelas conquistas nas categorias de base em 2018, São Paulo e Palmeiras enfrentam, respectivamente, Holanda-AM e Galvez-AC. Já o atual campeão Flamengo pega o River-PI, em Jaguariúna.
A rodada será encerra na sexta-feira com oito jogos. Último grande paulista a entrar em campo, o Santos vai encarar o Sergipe. Já o segundo maior campeão da Copa São Paulo, o Fluminense, pegará o Parnahyba-PI.
Das 192 partidas dessa etapa de grupos, 173 passarão na televisão - SporTV, ESPN Brasil e Rede Vida - ou contarão com cobertura em streaming, especialmente via FPF TV, o canal da Federação Paulista de Futebol, organizadora do evento. Já as etapas eliminatórias costumam ter quase todos os duelos transmitidos ao vivo, incluindo a grande final, no dia 25, com cobertura da Rede Globo.
"O projeto de streaming da FPF prevê aumentar a exposição dos campeonatos, entregando para os torcedores jogos que antes não eram exibidos", explica Bernardo Itri, diretor de comunicação da federação. "Começamos em 2016, com 48 partidas transmitidas. Em 2017, chegamos a 220. Fechamos 2018 com 560 jogos transmitidos via FPF TV. Desses, 126 só da Copa São Paulo. Em 2019, só na primeira fase da Copinha, vamos exibir 132 partidas", emenda. Os links para os jogos com transmissão da FPF TV estarão disponíveis no site e nas redes sociais da entidade. "Queremos entregar para os torcedores a maior quantidade de jogos possível, democratizando o acesso às partidas", afirma Itri.
HISTÓRIA
Tudo na Copa São Paulo, do formato à exposição, foi ganhando proporções maiores com o passar dos tempos. Cenário bem diferente da primeira edição, disputada em 1969 por apenas quatro equipes (Nacional, Juventus, Palmeiras e Corinthians) e sobre a qual pouco se sabe - o Corinthians foi campeão. De evento comemorativo, virou celeiro de craques. Nas arquibancadas, entre torcedores e familiares, empresários costumam aparecer para mapear futuros clientes.
Das 49 edições, 29 foram vencidas por equipes paulistas. Rio (10), Minas (5), Rio Grande do Sul (4) e Santa Catarina (1) também já tiveram campeões.
CELEIRO DE CRAQUES
Neste meio século de Copa São Paulo, centenas de jogadores foram lançados e muitos despontaram para o estrelato e para brilhar em gramados nacionais e internacionais, inclusive com a camisa da Seleção Brasileira. Em 1972, por exemplo, a Copinha foi pródiga em revelações. Falcão, o Rei de Roma, apareceu com a camisa do Internacional, enquanto Toninho Cerezo se destacava no Atlético-MG.
Em 1980, foi a vez de Casagrande que fez história com a camisa do Corinthians. Raí apareceu em 1983 defendendo o Botafogo, de Ribeirão Preto, enquanto Cafu foi destaque do São Paulo em 1988.
O meia Djalminha deu um verdadeiro show pelo Flamengo em 1990, dando uma demonstração do craque que viria a ser, enquanto os goleiros Rogério Ceni (São Paulo) e Dida (Vitória) mostraram no que se transformariam no torneio disputado em 1993.
Os atacantes Sávio (Flamengo), Luizão (Guarani) e Vagner Love (Palmeiras), o meia Kaká (São Paulo) foram alguns dos craques que começaram a dar os primeiros passos para a fama nos gramados paulistas. E Neymar, um dos maiores jogadores do mundo na atualidade, participou das copinhas de 2008 e 2009 pelo Santos, sempre com alto rendimento.
Dudu (Cruzeiro), também em 2009, Lucas Moura, pelo São Paulo, no ano seguinte e Gabriel Jesus(Palmeiras), em 2015 também mostraram que iriam longe na carreira. A expectativa é que 2019 também proporcione a aparição de outros fenômenos do futebol brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário