quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Corinthians perde do Red Bull 

Marcelo Machado/Estadão Conteúdo
Bruno Tubarão, do Red Bull Brasil, comemora gol na partida, nesta quarta (30), na Arena Corinthians
Parecia mais um empate sem gols de dar sono ao torcedor, mas as coisas pioraram na parte final da partida e o Corinthians perdeu por 2 a 0 para o Red Bull Brasil nesta quarta-feira (30), em Itaquera pela quarta rodada do Campeonato Paulista. Foi a segunda derrota na competição e um sinal de alerta para o clássico de sábado contra o Palmeiras no Allianz Parque.

De olho no primeiro grande teste neste início de ano, o técnico Fábio Carille manteve o revezamento entre os titulares. Contra o Red Bull, optou por uma formação inédita. Pela primeira vez, contou com a dupla de zaga formada por Henrique e Manoel. Na frente, Mauro Boselli foi a grande novidade.

Léo Santos atuou improvisado na lateral esquerda no dia em que o Sevilla rejeitou a proposta do Corinthians pela contratação de Guilherme Arana. Ralf e Thiaguinho eram os marcadores do meio-campo e Ramiro entrou aberto pela direita, como jogava no Grêmio. Com tantas alterações, a equipe demonstrou total falta de entrosamento. 

Boselli, isolado na frente, demorou para pegar na bola. Ele se movimentava bastante, no bom estilo argentino de correr para pressionar os zagueiros, marcar o goleiro. Mas precisou voltar até a metade do campo para receber o primeiro passe. Ramiro e Fagner não se entendiam pela direita. Léo Santos, zagueiro de origem, não apoiava e Mateus Vital também apareceu pouco na etapa inicial.

O adversário ignorou o fato de ser visitante e tentou se posicionar ofensivamente. Chegou a ser superior ao Corinthians em alguns momentos, mas errava muitos passes e pouco assustou o gol de Cássio. Enquanto os times tentavam se encontrar em campo, o torcedor chegava ao estádio. A forte chuva que caiu em diversas regiões de São Paulo durante a tarde e o horário da partida fizeram com que boa parte da Fiel perdesse os minutos iniciais do duelo.

Não perderam muita coisa. O único chute a gol no primeiro tempo veio somente aos 33, com Boselli, que cortou e bateu cruzado, acordando as arquibancadas. No intervalo, o atacante Vagner Love com a camisa 9, apareceu no gramado e foi saudado pelos torcedores. O jogador vinha treinando em separado no Besiktas e não tem data para estrear.

Carille mostrou que não gostou do que viu e colocou o time mais ofensivo na volta do intervalo com as entradas de Danilo Avelar e Pedrinho nas vagas de Léo Santos e Thiaguinho. Ramiro passou a atuar pelo meio. As coisas não mudaram muito para o Corinthians, que sofria para criar chances de gol e ainda era pressionado pelo Red Bull.

O técnico corintiano ainda tentou colocar Gustavo na frente, ao lado de Boselli. Jadson saiu. Mas estava difícil. O time não conseguia ter a posse de bola, havia pouca movimentação na frente e as tão treinadas linhas defensivas falharam. Ytalo aproveitou indefinição de Henrique e Cássio e mandou para as redes de cabeça. Gustavo, no fim, obrigou Júlio César a fazer grande defesa. Nos acréscimos, Bruno Tubarão fez o segundo, decretou a derrota alvinegra e a pressão para o clássico de sábado.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 0 X 2 RED BULL BRASIL

CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Manoel, Henrique e Léo Santos (Danilo Avelar); Ralf, Thiaguinho (Pedrinho), Ramiro, Jadson (Gustagol) e Mateus Vital; Boselli. Técnico: Fábio Carille.

RED BULL BRASIL - Júlio César; Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Rafael Carioca; Jobson (Barreto), Pio (Bruno Tubarão) e Uillian Correia; Osman, Roberson (Everton) e Ytalo. Técnico: Antonio Carlos Zago.

GOLS - Ytalo, aos 30, e Bruno Tubarão, aos 48 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Vinícius Furlan.

CARTÕES AMARELOS: Fagner (Corinthians); Uillian Correia e Piu (Red Bull).

PÚBLICO - 23.641 pagantes.

RENDA - R$ 753.456,00.

LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP).

Estadão Conteúdo 

JCNET

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