Veteranos Corinthians de Presidente Venceslau

Fielzão já é um espetácul

Vitor Guedes
do Agora

A entrega do estádio em que o Brasil estreará no Mundial em 12 de junho de 2014 está programada só para dezembro --a construtora Odebrecht reiterou ontem o seu compromisso de entregar a obra, 85% finalizada, no prazo--, mas a casa corintiana, na fase de acabamento, já tem cara de estádio de Copa do Mundo.

"Em alguns setores, como o gramado, estamos até bem adiantados. Estamos satisfeitos com o andamento e, principalmente, pelo fato de não ter ocorrido nem incidente sério nem fatal. Prezamos pela segurança", comentou Frederico Barbosa, o gerente operacional.

E, seguramente, está ficando tudo muito luxuoso, bonito, impactante, com direito a mármore carrara em pia do banheiro, porcelanatos finos, pastilhas bem-acabadas, telões de LED espalhados pelo interior de todo o estádio.

No entanto, o Corinthians assegurou que esse "padrão Fifa" de acabamento não expulsará o povão alvinegro da arquibancada no pós-Copa.

"Privilegiaremos, como já fazemos no Pacaembu, quem é fiel torcedor. Quanto mais fiel, melhores as condições para o torcedor comprar o seu ingresso", comentou Lúcio Blanco, diretor de arrecadação.

"O Corinthians tem uma filosofia que o estádio não pode ser elitizado. E, para o estádio não ser elitizado, para que o clube tenha a maior parte dos ingressos a um preço bastante acessível, a gente precisa ter ingressos muito caros no setor VIP, que paguem pelo estádio. E isso faz com que a gente derrube a máxima de que estádio novo tem de ser estádio para a elite. Então, há uma elite, pequena, que vai pagar caro e subsidiar todos os outros assentos do estádio", explicou Aníbal Coutinho, projetista responsável que, por isso, não economizou no luxo dos setores do lado oeste, onde estão localizados os camarotes e as áreas VIP e very VIP da casa corintiana.